Com mais de 20 mil pessoas, São Paulo recebeu a última edição do festival autoral do Dj e Produtor Vintage Culture.
Entrando para a história dos festivais de música eletrônica do Brasil, o Vintage Is a Festival encerrou suas edições de 2023, no último sábado (09/12), em São Paulo. Reunindo 20 mil pessoas, na Arena de Eventos Marginal Pinheiros, o festival de um homem só contou com três palcos (Mainstage, Classics e Thunder Machine) e um sistema de som imponente, além de uma surpresa para o público: o maior show de drones da América do Sul.
Eu particularmente vi meu primeiro show de Drones no EDC Orlando em 2021 e em seguida no Ultra Miami em 2022, para anunciar Swedish House Mafia para a edição de 2023. Mas nada como foi feito na noite de encerramento do Vintage is a Festival: 600 drones formaram diversas imagens relacionadas ao universo de Vintage Culture, como seu rosto (impressionante como ficou perfeito), seu cachorro Bentinho Ruiz, mensagens para os fãs e o anuncio do seu próximo projeto: The Promised Land – o que será que vem por ai?
Créditos: divulgação
Como de costume em todas as edições, o warm-up foi por conta de Doozie. Vintage Culture iniciou a noite no Mainstage, por volta de meia noite e meia onde apresentou um espetáculo com direito a fogos de artifício, lasers, pirotecnia e visuais num painel de LED de 700 metros. O palco de 62 metros de comprimento e 19 metros de altura entregou cenografia e efeitos especiais incríveis.
Créditos: divulgação
Em seguida, o artista se deslocou ao palco Classics, onde tocou os hits que marcaram o começo da sua carreira. Com 200 metros de painel de LED e 20 metros de altura, o local foi responsável por dar um tom nostálgico ao festival.
Por fim, o festival foi encerrado no Art Car, um carro alegórico inspirado no festival Burning Man. Neste momento, Vintage fica livre para testar novos sons, músicas ainda não lançadas e ainda tem espaço para hits como “Miracle”de Adriatique. Na minha opinião o Art Car é um dos pontos fortes do festival com uma curadoria musical diferente do que vemos normalmente nos sets do Brasil e de quebra ainda recebemos Açai de graça para refrescar o calor intenso.
Como bom fã e consumidor de festivais, vou ressaltar os pontos positivos dessa edição e também alguns pontos de atenção para melhorias futuras em qualquer evento do Vintage e a Opus Entretenimento para dar visibilidade para repetir os acertos e corrigir os erros.
Pontos Positivos:
– Sistema de Som potente;
– Curadoria Musical de alto nível;
– Show de Drones;
– Bares bem localizados
– Açaí gratuito para refrescar o calor;
– Revista no fim do evento para minimizar os roubos recorrentes nos eventos de grande porte;
Pontos de Atenção:
– Atraso e filas no começo do evento;
– Sistema de ficha dos bares ruim;
– Fluxo na praça de alimentação caótico;
– Banheiro com apenas um ponto, que quem estava do lado direito do palco na pista teve dificuldades de acesso;
– Localização do Art Car dificultou acesso aos banheiros;
– Segurança deveria ter sido reforçada ao redor do evento (região com histórico de assaltos).
No geral a experiência do Vintage Is A Festival foi bem positiva, pontos de atenção sempre vão existir e quero contribuir para que a experiência do fã de música eletrônica seja cada vez melhor e sirva de inspiração para muitos produtores do Brasil. Com idéias de diversos festivais e experiências pelo mundo, o festival também passou por quatro outras praças além de São Paulo, como Belo Horizonte, Brasília, Porto Alegre e Rio de Janeiro, reunindo 85 mil fãs ao longo do ano em suas edições.
Créditos: divulgação
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